NANDROLONA EM LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS
Há sempre muita dúvida no uso da NANDRO em lesões músculo esqueléticas, então, eu e o Dr. Thairon Medeiros resumimos aqui as dúvidas das principais lesões:

1 – MÚSCULO (ruptura, estiramento nas fibras) o efeito anabólico da NANDRO favorece sim o reparo da lesão, de forma mais acelerada (é onde os estudos são mais evidentes)

2 – OSSO (fraturas por trauma, estresse, osteoporose, osteopenia, desuso): as evidências também são positivas para utilização da NANDRO. Mas veja bem, pacientes saudáveis, fazendo o tratamento adequado, terão pouco benefício adicional nesse processo de consolidação óssea por já possuírem um mecanismo eficaz para isso. Talvez aqui a utilização seria mais benéfica pensando no mecanismo anticatabólico, evitando uma perda exagerada de massa muscular durante a reabilitação. Já em indivíduos acamados, osteossarcopenicos, idosos, doenças reumáticas, o benefício é maior.

3 – ARTICULAÇÃO: maioria dos estudos demonstra pouco ou nenhum benefício direto na articulação (condropatia/ artrose), exceto em pacientes que possuem doenças reumáticas, osteometabólicas. Entendam que grande parte das dores articulares são por desequilíbrios musculares, fraquezas, então quando utilizada dentro de um programa de fortalecimento e equilíbrio muscular (principalmente em sarcopênicos) é provável que este experimente melhora das dores, mas pouca melhora da qualidade articular.

4 – TENDÕES: A maioria dos estudos apontam para nenhum efeito, ou até degeneração do tendão no uso de EAA principalmente em “abusers” associados ao esforço físico. O mecanismo não é claro se esse efeito negativo ocorre apenas por a hipertrofia muscular não ser acompanhada pelo tendão, gerando sobrecarga deste ou pela própria ação direta do EAA na modificação do colágeno tendineo. Estudos com GH e peptídeos tem apontado para melhores resultados neste sentido.

5 – LESÕES DURANTE O USO DE ESTERÓIDES: (essa é uma opinião pessoal) não parece ser inteligente parar abruptamente o uso de EAA na presença de lesão, talvez manter doses de um cruise, para evitar ter que lidar com a reabilitação de uma lesão e um crash hormonal ao mesmo tempo.